SPMI faz a receção aos novos internos na sua sede

Num evento que é já uma tradição, a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) voltou a organizar, no último fim de semana, um curso de receção aos internos de Medicina Interna. Além de dar a conhecer a SPMI e a sua estrutura, os dois dias reservaram também espaço para abordar alguns temas com que os internos vão confrontar-se ao longo do internato, como a ventilação, descompensações agudas da diabetes ou gestão do stress ao longo dos anos de internato.

Luís Costa, vice presidente da SPMI, começou por felicitar os internos pela sua escolha por Medicina Interna, expressando o desejo de que o tenham feito como primeira opção.

“Espero que a maior parte de vós tenha escolhido Medicina Interna como primeira eleição, que saibam ao que vêm e que estejam contentes por aqui estarem”, disse o internista, que rapidamente explicou o papel central que a SPMI defende para a especialidade.

“A Medicina Interna deve ser a base do sistema hospitalar e essa é uma mensagem importante. Queremos crescer como pedra basilar do sistema de saúde, acreditamos nesse modelo e lutamos por ele”, explicou Luís Costa, que referiu ainda que influenciar as autoridades competentes na luta pela implementação desta visão é uma das atividades centrais da SPMI. A outra, adiantou, é a formação.

“A nossa agenda é cheia e destacam-se os congressos, as atividades dos núcleos, o incentivo à publicação de trabalhos e a participação nas reuniões científicas”, terminou.

Em representação do Colégio da Especialidade de Medicina Interna, Carlos Monteverde lembrou que a Medicina Interna “tem evoluído muito e bem”, reforçando a esperança que, quer a SPMI quer o Colégio, depositam nos mais novos.

“Se queremos estar no centro do sistema e ter o poder, temos que ter bases de competência. Se formos competentes, quando chegarmos ao topo estaremos preparados. Para isso temos de evoluir e o internato é o primeiro passo”, sublinhou.

Nuno Vieira, do Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna mostrou também aos novos internos a mais valia que o Centro de Formação em Medicina Interna lhes pode proporcionar, classificando-o como “o fruto mais visível do trabalho do núcleo, em que a ideia é ter uma atividade formativa, de investigação e reflexão sobre a formação em Medicina Interna”.

A terminar, António Grilo Novais, coordenador do Núcleo de Estudos de Internos de Medicina Interna, apresentou as atividades que o núcleo desenvolve para os internos da especialidade e incentivou todos a envolverem-se no seu crescimento.

Gonçalo Carvalho, interno de primeiro ano no Hospital das Caldas da Rainha, elogiou a iniciativa da SPMI e espera poder participar em muitas das atividades que esta promove.

“Numa especialidade tão exigente como a Medicina Interna, algumas atividades da SPMI acabam por nos passar despercebidas, pelo que esta receção pode alertar para essas oportunidades de formação, e não só”, disse o interno, que sublinhou ainda que escolheu Medicina Interna “por paixão” e diz estar “de corpo e alma no internato”.

Rita Fideles, interna do Hospital de Torres Vedras, assumiu que estava “um pouco perdida” e que por isso esta foi uma grande oportunidade.

“É útil este tipo de iniciativa e dá-nos algumas ferramentas úteis para o que vamos ter pela frente”, concluiu.

(07/01/2019)