Mensagem do Presidente
Quero que este sítio seja um local de encontro dos Internistas Portugueses, onde se sintam bem e orgulhosos como Especialistas de Medicina Interna e da sua Sociedade! Vamos fazer com que este lugar esteja sempre animado com as notícias das novas realizações dos sócios, do trabalho dos corpos diretivos da SPMI e de todas as conquistas conseguidas a nível social e político, que interessem á Medicina Interna.
Deverá também ser uma porta aberta para o público em geral, que contribua para o entendimento das funções que cabem aos Internistas, que nos distinguem dos especialistas médicos de órgão e nos torna especialmente capazes no tratamento do doente complexo, polimedicado e pluripatológico.
A Medicina Interna é a maior Especialidade Hospitalar em Portugal, o que corresponde a 12,6% de todos os especialistas do Hospital. O Internista está, com abnegação e competência, onde o Hospital precise dele, no internamento, na consulta externa, no Serviço de Urgência, na consultadoria ao doente internado nos serviços de especialidades médicas e cirúrgicas, nos Cuidados Intensivos, no Hospital de Dia, na Emergência ou nos Cuidados Paliativos.
A Direção da SPMI para o triénio 2018-2021 quer vir a ser recordada pela concretização de muitas ideias e alguns caminhos, que já começaram a ser trilhados e que importa prosseguir.
De todos, o maior desafio é tornar realidade a ligação ainda deficiente entre o Internista e o Médico de Família. Num sistema de saúde equilibrado e eficiente, todo o doente deve ter um Internista de referência no Hospital e um Médico de Família no ambulatório. Só assim é possível o tratamento integrado do doente crónico e dar alguma solução racional para a gestão do doente agudo!
A definição de critérios públicos auditáveis, que determinem níveis de qualidade de Unidades de Tratamento, e outros que permitam a certificação individual, em áreas de conhecimento específico, também é algo que não nos podemos permitir continuar a adiar.
Trabalhar com afinco, em conjunto com o Colégio de Especialidade, para a rápida publicação de um novo “Programa de Formação”, que especifique as competências formativas inerentes á frequência de cada um dos estágios recomendados, também é um dos nossos compromissos.
Vamos também pugnar pelas práticas da Medicina Interna de Alto Valor, como são a valorização da Anamnese, do Registo e do Raciocínio Clínico, só possíveis com a empatia entre o Médico e o Doente, em detrimento da “medicina de cardápio”, baseada em guide-lines, em que raramente se enquadram os nossos doentes!
Não se esqueçam de vir regularmente a este vosso sítio. Nós, tudo faremos para que não deem o tempo como perdido.
João Araújo Correia
Presidente da SPMI