Novas evidências na prevenção, avaliação e tratamento da doença vascular cerebral em análise no 22º Congresso do NEDVC

O 22º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) arrancou ontem, dia 25, e vai decorrer até ao próximo dia 27 de novembro, em formato híbrido.

«O principal objetivo do Congresso passa por promover o debate, junto da classe médica, sobre as novas evidências na prevenção, avaliação e tratamento da Doença Vascular Cerebral, assim como incentivar a investigação clínica nesta área», declarou Luísa Fonseca, coordenadora do NEDVC, no arranque do 22º Congresso NEDVC, da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que decorre no Hotel Crowne Plaza, no Porto.

A conferência “Guidelines No Tratamento do AVC – O que Há de Novo” marcou, esta manhã, o início de um conjunto de conferências, simpósios e discussões científicas que vão realizar-se, durante dois dias, com vista a refletir sobre a doença vascular cerebral e o acidente vascular cerebral (AVC).

Destaque para a palestra “Cuidados pré-hospitalares – Onde tudo começa”, que vai trazer um olhar sobre estratégias de orientação do doente com AVC agudo e também a importância da Unidade móvel de AVC na realidade nacional e “Complicações tardias do AVC – Prioridade à Reabilitação” que vai, por sua vez, esboçar uma leitura no que respeita a alterações cognitivas pós-AVC e complicações tardias do AVC.

Na sessão Prós-Contras serão discutidos dois temas fulcrais: a terapêutica endovascular na trombose da basilar e a estratégia antitrombótica na disseção arterial.

Luísa Fonseca referiu ainda que, entre outros temas, «serão também abordadas algumas particularidades no tratamento da doença vascular cerebral: abordando temáticas como o AVC na grávida, AVC na criança/jovem, associada a infeções e na doença renal crónica terminal, situações menos comuns, mas de extrema relevância dadas as possíveis consequências devastadoras, na ausência de tratamento adequado».

Numa altura em que o país regista um aumento do número de infeções diárias pelo coronavírus, o impacto da pandemia de Covid-19 também vai ser abordado no decorrer do congresso com realização de uma palesta presidida por António Oliveira e Silva e Teresa Mesquita, a qual propõe responder às questões ‘O que mudou no tratamento do doente com AVC agudo’ e ‘Risco de AVC nos doentes com COVID-19. E com as vacinas?’.

A coordenadora do NEDVC, Luísa Fonseca, lembrou também a pertinência do acordo celebrado pelo Estado Português que «assinou formalmente o “Plano de Ação para o AVC na Europa, para aplicar até 2030, no final do passado mês de agosto».

«Este compromisso do Estado Português e a implementação destas medidas levará a uma melhoria da prestação de cuidados aos doentes com AVC em Portugal. Ajudará a reduzir as desigualdades geográficas, diminuir as sequelas e o impacto do AVC, quer a nível pessoal, quer a social», frisou.

No último dia do congresso serão ainda atribuídos os Prémios do NEDVC constituídos por estágios em centros de referência Europeus: AVC e investigação clínica – estágio 3M Oxford; AVC e investigação básica – estágio 3M Madrid; Prémio Mérito Inovação e Dinamismo – estágio 3M em Barcelona.

(26/11/2021)