NEDAI comemorou bodas de prata com reunião no Luso

No ano em que comemora 25 anos desde a sua criação, o Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes (NEDAI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) organizou também a sua XXV reunião anual. No Luso, juntaram-se fundadores e personalidades que ao longo deste trajeto contribuíram para o crescimento do núcleo.

António Marinho assumiu que este encontro tem uma importância histórica.

“Em primeiro lugar porque estamos a mudar o paradigma das doenças, do tratamento e a mudar a forma como olhamos para o futuro. Depois, é também um ponto de balanço. São 25 anos, temos de olhar para trás para ver o que fizemos, rever o que está a faltar e lançar as pedras para os próximos anos”, afirmou o coordenador do NEDAI, que realçou que a área da autoimunidade se desenvolveu de uma forma notável e é hoje “uma área de grande impacto financeiro e social no sistema de saúde”.

António Marinho, coordenador do NEDAI

“Esta realidade obriga-nos a ser melhores, tratar melhor os doentes e de uma forma custo efetiva, com um conhecimento muito diferente do que tínhamos há dez anos.”

Quanto ao papel da Medicina Interna, António Marinho explicou que é “a base de tudo”.

“A realidade deve ser transversal, devemos apostar no melhor de cada especialidade para dar o melhor aos nossos doentes. Mas também temos de dar o melhor para o sistema de saúde se manter sustentável, e a Medicina Interna deve ser a base de tudo”, completou.

Carlos Vasconcelos, presidente da reunião e um dos fundadores do NEDAI, considerou que aos 25 anos é altura de o NEDAI “olhar para trás e ver o caminho traçado”, mas perceber que “a autoimunologia é uma área que não sai da medicina Interna e uma área que necessita de boa formação e certificação das unidades que nela estão a trabalhar”.

Carlos Vasconcelos, presidente da XXV Reunião do NEDAI

Quanto a conflitos de interesse, Carlos Vasconcelos frisou que a Medicina Interna é o parceiro ideal da autoimunidade, mas não é o único.

“A Medicina Interna é a mãe das especialidades médicas, mas queremos que outras especialidades trabalhem connosco. As sobreposições diárias são salutares e só podem resultar em benefício do doentes, pois o corpo humano não pode ser dividido em fatias”, terminou.

Lèlita Santos esteve na sessão de abertura da XXV Reunião Anual do NEDAI em representação da SPMI e destacou o papel de relevo deste núcleo.

“Os núcleos da SPMI são a sua alma e o seu corpo, todos eles com muito dinamismo e competência, e o NEDAI é o exemplo paradigmático disso mesmo, sendo o mais antigo de todos eles e tendo nas suas fileiras pessoas imensamente competentes”, começou por realçar a vice-presidente da SPMI, que enumerou ainda alguns méritos do NEDAI.

Lèlita Santos, vice presidente da SPMI

“O NEDAI está de parabéns, não só pelos seus 25 anos, mas também pela caminhada consistente que tem feito, pelos participantes que vemos neste congresso e constatarmos que tem já o futuro assegurado, e por ter conseguido, ao longo destes anos criar redes nacionais e internacionais”, disse Lèlita Santos, que acrescentou que o núcleo é a imagem mais fiel do que é a Medicina Interna.

“O NEDAI é porventura o melhor exemplo do que é a Medicina Interna, ao ocupar-se das doenças sistémicas. É importante realçar que existem internistas em todos os hospitais do país que fazem com excelência o diagnóstico e tratamento dos doentes com doenças autoimunes e, por isso, está o NEDAI, a SPMI e todos os internistas de parabéns”, concluiu.

Da esquerda para a direita: António Marinho, coordenador do NEDAI, Faustino Ferreira, fundador do NEDAI, Carlos Vasconcelos, presidente da XXV Reunião do NEDAI, Luís Campos, Nuno Riso e Jorge Martins, fundadores do NEDAI

(15/04/2019)