Medicina Interna: Iniciativa da SPMI em Braga esclarece dúvidas dos novos internos

Depois de Lisboa, foi a vez de Braga dar as boas-vindas aos novos internos de Formação Específica em Medicina Interna que iniciaram o seu percurso em 2017, num evento organizado pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), que contou com a participação do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos.
Em entrevista à Just News, José Mariz, membro da Comissão Coordenadora do Núcleo de Estudos da Formação de Medicina Interna (NEFMI), salientou que o objetivo de realizar esta iniciativa também em Braga foi descentralizá-la e, ao mesmo tempo, “não limitar o acesso aos internos”. Além disso, pretendeu-se que estes tivessem uma formação ajustada às suas necessidades.

A receção aos internos, que decorreu na Escola de Medicina da Universidade de Braga (uma semana depois da receção realizada em Lisboa, na sede da SPMI), começou com uma sessão na qual participaram António Oliveira e Silva, vice-presidente da SPMI, e Fernando Rosas Vieira, membro da Direção do Colégio da Especialidade de Medicina Interna. No mesmo dia, teve lugar um curso de formação que se prolongou até à manhã seguinte.

O intuito foi, por um lado, introduzir os novos internos na atividade da SPMI e do Colégio da Especialidade de Medicina Interna da Ordem dos Médicos e, por outro, fomentar a abordagem de alguns temas clínicos com interesse para os internistas, como, por exemplo, “As Vias Verdes no Serviço de Urgência”, ou “Como gerir o stress ao longo do meu internato?”

Segundo o internista do Hospital de Braga, que integra a equipa de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho, “esta receção não se destinou ao interno de Medicina Interna em geral, mas àquele que escolheu determinado hospital e que quis ver as suas dúvidas esclarecidas por representantes da sua região que entendam melhor as particularidades dos assuntos”.

A título de exemplo, José Mariz destacou a apresentação de Nuno Sousa, diretor do Centro Clínico Académico de Braga, que falou sobre aquele Centro e das oportunidades que existem no Norte na área da investigação clínica.

O internista acrescentou que, “apesar de ser muito diverso”, Portugal é um país pequeno e, por isso, na sua opinião, tendo em conta as dificuldades logísticas que existem para realizar esta iniciativa noutros locais do país, “é preferível realizá-la apenas no Norte e no Sul do que centralizar”. “No encontro do Norte houve internos do Centro, tal como aconteceu em Lisboa”, sublinhou.

José Mariz considerou que o balanço da iniciativa é positivo. “Em Braga estiveram 59 novos internos e em Lisboa 61, o que representa um acréscimo de 30-40% relativamente a 2016.”

(1/03/2017)