A importância dos termos e conceitos na relação clínica
Queremos saber a sua opinião, para o que peço a sua colaboração
Introdução
A comunicação é a base da relação interpessoal e apanágio incontornável da relação de profissionais de saúde com a sociedade e com os cidadãos. Na relação terapêutica a pessoa que pede ajuda, doente ou não, está por definição em condição vulnerável o que impõe ao profissional de saúde uma responsabilidade acrescida. O doente e família têm muitas vezes vontade de ouvir mensagens diferentes das que são comunicadas e se a comunicação não é explícita, ajustada e clara a probabilidade de incompreensão e/ou de se gerarem equívocos aumenta exponencialmente.
Neste contexto, comunicar corretamente e com clareza é da maior importância e por isso a utilização de termos com significado claro para os intervenientes é condição “sine qua non” para minimizar risco de interpretações erróneas. A utilização de termos incorretos ou equívocos gera erros comunicacionais e relacionais que podem criar grave conflito / angústia e até “mais doença”.
Na literatura publicada (especializada ou não) há definições diferentes, por vezes contraditórias associadas a termos e conceitos que se referem a situações sensíveis e eticamente complexas. Neste contexto o NEBio propõe uma reflexão / comentário sobre este assunto utilizando a seguinte metodologia.
Metodologia
Selecionaram-se expressões do texto “termo e conceitos na relação clínica” (Medicina Interna VOL.25 | N.º 3 | JUL/SET 2018), que ocorrem com frequência na atividade dos profissionais de saúde, com a intenção de obter do respondente a sua apreciação concordante / discordante sob a forma de escala de Likert. Esta abordagem do problema permitirá identificar as questões já consensualizadas e as que necessitam de aprofundamento e debate, para clarificação e eventual consensualização.