SPMI acolhe Curso Presencial de Orientadores de Formação em Medicina Interna

A sessão presencial do Curso de Orientadores de Formação em Medicina Interna realizou-se esta terça-feira, dia 4, na sede da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, em Lisboa.

O curso, que teve arranque ao início da manhã e se prolongou até às 17h00, decorreu tendo por base dois principais objetivos: aquisição e atualização de conhecimentos nomeadamente quanto à legislação em vigor, e também aquisição de competências técnico-pedagógicas-comportamentais.

“Este ano decidimos modificar o conceito do curso associando alguns novos temas que não tínhamos quando se iniciou o curso. Por outro lado, o formato de b-learning, que foi também disponibilizado, trouxe a possibilidade de abordar mais temas, sem isso significar um aumento de carga horária”, afirmou Susana Neves Marques, médica do serviço de medicina interna, do Centro Hospitalar de Setúbal e uma das formadoras responsáveis pelo curso.

Na mensagem de boas-vindas, Carla Araújo, médica internista, no Hospital Beatriz Ângelo, Loures, também formadora, destacou a importância da presente formação no percurso profissional de um orientador de formação em MI.

“Este curso é essencial para adquirir competências que são essenciais para sermos bons naquilo que pretendemos fazer”, disse a formadora, frisando que “hoje estamos aqui a fazer história. Sob o mote do AOFMI – 2022, pretendemos criar um movimento nacional sobre o papel do Orientador de Formação, que tem sido até aqui desconsiderado. Desejamos que seja a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna a ter esta ação”.

Destinado a especialistas de Medicina Interna, o primeiro módulo foi ministrado pela  médica internista Susana Neves Marques, que falou sobre funções do orientador e legislação do IFE de medicina interna.

Solicitando que cada um dos formandos presentes se identificasse e falasse das suas motivações, Carla Araújo conduziu uma intervenção sobre Gestão de Stress, durante a qual trouxe à sala a análise de temas como O que é o stress?’; ‘Como lidar com o stress?’; Burnout na classe médica.

“Nós somos médicos, mas somos um setor muito cético acerca de falar de nós próprios. Achamos que sabemos ser resistentes e fortes…Por exemplo, no hospital temos de lidar com o nosso stress, o stress dos colegas e achamos que temos de saber lidar com isso, e isso não é verdade”, afirmou Carla Araújo, frisando, junto dos formandos, a mensagem “sejam a alma do serviço e, principalmente, promovam a cultura de bem-estar no trabalho”.

Barreiras na Comunicação entre profissionais de saúde e doentes e ferramentas úteis que devem integrar uma comunicação clínica de sucesso foram também analisadas no encontro formativo.

No período após almoço, Zélia Lopes, Internista, no Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, Penafiel, falou sobre Análise SWOT do IFE de Medicina Interna.  Introdução à análise swot do IFE medicina interna; pontos fracos e fortes, oportunidades e ameaças, encabeçaram alguns dos pontos analisados.

Carla Araújo trouxe ainda à sala uma última análise desta vez sobre ‘Gestão de Prioridades’ falando sobre Gestão Pessoal; Matriz do tempo e importância da gestão de prioridades no IFE Medicina Interna.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna dedica o Ano de 2022 à promoção do Orientador de Formação em Medicina Interna.

(04/02/2022)