EForMI: “A vontade de transmitir conhecimentos mantém-se inalterável”

António Martins Baptista

Junho será o mês que irá acolher a 2.ª edição da Escola de Formadores em Medicina Interna (EForMI), organizada pelo Núcleo de Estudos da Formação em Medicina Interna (NEForMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI). António Martins Baptista, diretor da EForMI, avalia o progresso do projeto, recordando o trajeto da primeira edição e as expectativas que vincula ao novo formato.

“A primeira edição decorreu com enorme satisfação por parte dos participantes e dos docentes, porque a EForMI é toda ela interação entre todos. Imerge-se no tema formação em Medicina Interna durante três dias e no final saem novas ideias, como as que estão agora para publicação, sobre o que mudaríamos no Serviço para melhorar a formação”, começa por destacar.

Para 2023, os objetivos são semelhantes, passando pela revisão de ferramentas necessárias ao orientador de formação, assim como potenciar uma interação que proporcione novos moldes formativos, com a participação da SPMI e do Colégio de Medicina Interna da Ordem dos Médicos, de forma a impactar a área e a gerar novas publicações de relevância científica.

António Martins Baptista revela que será tida em conta uma panóplia de temáticas, do ponto de vista das ferramentas, como o confronto de gerações, formação em investigação, redação de artigos científicos, gestão da liderança de uma forma saudável, interação com os vários tipos de internos, gestão de conflitos e controle de qualidade da formação. No que diz respeito aos momentos produtores de novas ideias, estes incidirão na melhoria da “Formação em urgência” e na reflexão sobre qual o “Programa ideal de formação de formadores em Medicina Interna”.

O especialista foca-se ainda na meta da transmissão de conhecimento aos mais jovens, contribuindo para atualização do médico. No entanto, assinala que existem ainda questões que necessitam de ser revistas, nomeadamente a sobrecarga assistencial e as mudanças do panorama digital. “Salvaguardado o tempo para formação, penso que a vontade de transmitir conhecimentos mantém-se inalterável. Contudo, há uma revolução digital a decorrer, também na Medicina, que mudará de forma sensível o papel do médico num futuro breve.  E aí há claramente um caminho a percorrer nas competências que o Orientador de Formação e o Interno de formação específica em Medicina Interna necessitam, para enfrentar essas mudanças. É também sobre isto que vamos todos falar.”

Do ponto de vista global, o responsável pela iniciativa perspetiva que a nova edição da Escola gere um grau de satisfação idêntico ao do ano passado, que foi considerado de excelência, sublinhado a satisfação que tem ao estar envolvido em sessões deste cariz. “Um prazer contribuir para a melhoria da formação em Medicina Interna. Depois de tantos desafios superados em tarefas pedagógicas na Medicina Interna, a formação dos formadores, num formato semelhante à Escola de Verão de Medicina Interna (EVERMI), que tem tantos anos de sucesso, fez para mim todo o sentido”.

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(09/03/2023)