Doença hepática avançada foi o tema forte das XIII Jornadas do NEDF

O Núcleo de Estudo das Doenças do Fígado (NEDF) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) realizou no Porto as suas XIII Jornadas, que tiveram como tema central a doença hepática avançada.

O Porto foi a cidade escolhida para receber mais uma edição do encontro, este ano presidido por Helena Miranda, que frisou que esta é uma área de cabal interesse para os internistas.

Comissão organizadora das XIII Jornadas do NEDF: Paulo Carrola, Helena Miranda, Arsénio Santos, Suzana Calretas, Sofia Ferreira e Vítor Lopes

“ O grande objetivo desta reunião é que se perceba que a doença hepática é uma área da Medicina Interna, assim como abordar os problemas mais prementes da prática clínica neste domínio”, começou por dizer a internista do Hospital de Santo António, que alertou ainda para a especificidade deste tipo de doentes.

“São doentes que merecem uma oportunidade de serem observados de forma muito cautelosa e muito trabalhosa em prol de melhores resultados”, esclareceu, explicando que “é motivando os profissionais mais novos que se pode conseguir que a doença hepática seja tratada de forma mais insistente e disciplinada”.

Arsénio Santos, coordenador do NEDF, realçou que “os internistas têm na doença hepática uma oportunidade que têm “desprezado, embora sejam dos profissionais mais bem preparados para a tratar”.

“São doentes que ainda hoje são ‘empurrados’ entre especialidades, mas sobre os quais a Medicina Interna tem de se debruçar de forma a evitar complicações mais graves e a morbilidade a que assistimos hoje em dia”, determinou.

Em representação da direção da SPMI, Armando Carvalho, também presidente do Colégio da Especialidade de Medicina Interna, reforçou que a sociedade apoia incondicionalmente os núcleos, “pois são eles que melhor podem promover a imagem da Medicina Interna”.

“A área hepática é uma das que mais dinamismo tem apresentado ao longo dos últimos anos e é nossa convicção que o internista deve estar na linha da frente e integrar grupos multidisciplinares que permitam melhores resultados no estudo e tratamento do doente hepático”, concluiu.

Além da doença hepática avançada, durante dois dias, a reunião promovida pelo NEDF abordou as doenças hepáticas autoimunes, as infeções víricas e ainda o tema do álcool.

(07/10/2019)