Centro Hospitalar do Oeste: médicas, enfermeiras e administrativas dançaram contra a diabetes

Para assinalar o Dia Mundial da Diabetes, dezenas de profissionais de saúde do Centro Hospitalar do Oeste – Unidade de Caldas da Rainha (CHO-UCR) dançaram num flash mob em pleno centro comercial daquela cidade. A médica Manuela Ricciulli, coordenadora da Unidade Integrada da Diabetes do CHO-UCR, foi uma das “bailarinas” que estiveram “em palco”.

A iniciativa, organizada no âmbito da Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes do ACES Oeste Norte/CHO-UCR, contou com a participação de um grupo de 30 médicas, dietistas, enfermeiras e administrativas, que atuaram para a população das Caldas da Rainha esta segunda-feira.

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O objetivo era deixar uma mensagem importante: “Toca a Mexer, porque a vida sedentária é um dos fatores de risco da diabetes tipo 2, além de o exercício físico melhorar a qualidade de vida de quem já tem diabetes, seja de tipo 2 ou 1.”

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Manuela Ricciulli, especialista de Medicina Interna, afirmou à Just News que este tipo de iniciativas é uma forma de alertar para uma doença que tem características de epidemia. E adiantou: “Nas t-shirts que usamos, na parte de trás, fazemos também um apelo a uma alimentação saudável, pedra basilar na prevenção da doença e das suas complicaçöes.”

Além do momento de dança, preparado com a ajuda da Escola Vocacional de Dança de Caldas da Rainha, o flash mob incluiu a atuação de um grupo da região: FáloFarra. Para Manuela Ricciulli, o evento não podia ter corrido melhor: “Foi muito bom, valeram bem a pena as horas de ensaio.”

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Patrícia Camarinha é a única bailarina não profissional de saúde que veio da Escola Vocacional de Dança das Caldas da Rainha.

Para dar apoio à equipa esteve também presente Patrícia Camarinha — aluna daquela escola com diabetes tipo 1 e que usa uma bomba infusora de insulina — e António Curado, diretor clínico do CHO, que ainda chegou a tempo de dar uns passos de dança.

119_4À semelhança dos outros participantes, foi também com empenho e alegria que António Curado aderiu à iniciativa.

Questionada sobre a temática central do Dia Mundial da Diabetes deste ano, “Olhos na Diabetes”, Manuela Ricciulli considera que ainda é preciso apostar mais na prevenção da retinopatia diabética, embora já se notem diferenças face a anos anteriores. “Têm-se verificado melhorias a nível nacional, com mais rastreios”, disse.

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Equipa da Unidade Integrada da Diabetes – Atrás: Ana Valada Marques (médica), Catarina Carvalho (enfermeira), Elsa Ramos (enfermeira), Cláudia Oliveira (enfermeira), Abigail Branco (dietista). À frente: Ana Corte Real (médica), Catarina Ribeiro (dietista), Manuela Ricciulli e Joana Louro (médica).

Especificamente nas Caldas da Rainha, a médica considera que já tiveram momentos piores: “Chegámos a ficar sem oftalmologistas… Hoje em dia, temos dois, que têm de percorrer as unidades de Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras do CHO”.

Apesar de não ser o ideal, “já se consegue dar resposta aos casos de retinopatia diabética que vão surgindo”. Exemplo disso é a parceria que o ACES Oeste Norte tem com a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) para a realização de rastreios e o protocolo que o CHO vai estabelecer com o Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, em Lisboa.

A iniciativa “Toca a Mexer” arrancou de manhã, com atividades lúdicas no Centro Escolar de Alvorninha, tendo-se seguido um flash mob na sala de espera da Consulta Externa do CHO-UCR.

A ação contou com a colaboração da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, da Associação de Produtores de Maçãs de Alcobaça, da empresa Víctor Marques, da Liga dos Amigos do Hospital das Caldas da Rainha e de várias empresas da indústria farmacêutica.

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(15/11/2016)