III Reunião NEIC – “A Insuficiência Cardíaca vai ser um desafio ainda maior para os internistas no futuro”

A III Reunião do Núcleo de Estudos de Insuficiência Cardíaca decorreu este sábado, dia 9 de abril, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto.

Coordenadora do Núcleo e Internista no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Joana Pimenta referiu que esta reunião se realizou com vista ao cumprimento de dois objetivos.

“O primeiro é formar toda a comunidade que trabalha com doentes com insuficiência cardíaca e, aqui, estou a falar da Medicina Interna, mas também, de outras especialidades que também, abraçam esta causa, como a Medicina Geral Familiar, Cardiologia, Enfermagem. Por outro lado, um outro objetivo é também criar e potenciar redes de contactos e divulgar projetos na área dos cuidados aos doentes com insuficiência cardíaca a nível nacional”, disse.

Promovendo a partilha de perspetivas e novos conhecimentos sobre IC, o encontro apresentou “um programa abrangente e aborda as várias fases da doença” porque, sublinha Joana Pimenta, “a insuficiência cardíaca é uma doença bastante heterogénea, quer em termos dos vários fenótipos que existem, quer em termos da sua evolução natural”.

“O que há de novo na Insuficiência Cardíaca”, “O outro lado da Fração de Ejeção”, “Insuficiência Aguda”, “Insuficiência Avançada”, “Modelos de Gestão/Cuidados de IC” foram alguns dos principais temas analisados.

Esta III Reunião do NEIC foi subordinada ao lema “O Futuro Hoje” e Joana Pimenta explica a escolha da presente mensagem.

“O pretendemos transmitir com este mote é que a Insuficiência Cardíaca é uma doença que já é muito presente na Medicina Interna. Precisamos de olhar para ela com uma perspetiva de futuro, no sentido de melhorar a organização e prestação dos cuidados e a formação nesta área.”, explicou.

Para Joana Pimenta, face às caraterísticas da população portuguesa, a Insuficiência Cardíaca terá uma prevalência cada vez mais expressiva no país e já num futuro não longínquo.

“Estes doentes vão ser cada vez mais – e isso é uma certeza. A história tem-nos demonstrado essa evolução, e também as atuais perspetivas em termos de envelhecimento da população apontam para isso. Temos, por esse motivo, a certeza de que esta doença vai ser um desafio ainda maior para os internistas no futuro”, concluiu.

(09/04/2022)