Internato em construção: SPMI dinamiza nova edição do Curso de Receção ao Interno de Medicina Interna

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (S PMI) promoveu mais uma edição do evento anual de receção aos internos de Medicina Interna, onde o foco voltou a ser os jovens médicos que iniciam agora esta etapa da sua formação profissional. A iniciativa apresentou um segmento presencial, a 21 de janeiro, e uma formação e-learning assíncrona, a decorrer entre 22 de janeiro e 12 de fevereiro.

A componente presencial integrou três mesas-redondas, que foram lançadas com o contributo de Nuno Bernardino Vieira, coordenador do Centro de Formação de Medicina Interna e presidente do Conselho Fiscal da SPMI. O orador começou por fazer um agradecimento e salientar que é com muito gosto que dá as boas-vindas aos internos. “Vão poder tirar dúvidas e questões, é um momento de partilha entre todos”, anunciou.

Lèlita Santos, presidente da SPMI, foi a primeira interveniente do painel. “Em nome da direção da SPMI dou-vos as boas-vindas. Esta é a vossa casa e espero que possamos ter grandes interações no futuro. Espero que a SPMI seja aquilo que vos representa. Vão ser anos difíceis, mas recompensadores. É a especialidade médica que queremos e a melhor e maior que existe”, iniciou.

Aproveitou para apresentar os corpos socias da Sociedade, os respetivos núcleos de estudo e informar que a SPMI completou 71 anos em dezembro de 2022, sendo das maiores e mais antigas sociedades científicas em Portugal, reforçando a importância da especialidade e explicando que a querem “divulgar de forma muito positiva”.

“O internista é o médico do doente e não da doença, olha o doente no seu todo sem o fragmentar em órgãos”, concluiu.

Por sua vez, Pedro Cunha, presidente do Colégio de Especialidade de Medicina Interna (CEMI), explicou os objetivos do Colégio, os problemas existentes na especialidade e quais os passos a seguir para os solucionar. Apresentou, ainda, os elementos presentes no Colégio, que vão de norte a sul do país.

“Fazemos parte da especialidade médica que mais gostamos e fazemos tudo para que seja a melhor. No entanto, também estão neste momento a entrar na especialidade médica mais exigente”, explicou, acrescentando que “o internato é vosso. Temos muito gosto que estejam connosco, mas quem vai construir o vosso percurso são vocês. O nosso papel é sermos uma ferramenta que vocês utilizem para atingirem os vossos objetivos”.

Pedro Cunha afirmou que se espera que médico internista de hoje em dia seja um médico preparado para as emergências médicas, que se forma e tenha formação contínua, que seja exercitado nas bases científicas da Medicina, que valoriza a continuidade de cuidados e que está envolvido em diversas funções, incluindo aconselhamento, educação, liderança e gestão.

Já o Núcleo de Estudos de Formação da SPMI (NEForMI) foi abordado pela sua coordenadora Susana Marques, que explicou em que consiste o centro de formação, a sua constituição, os objetivos e a atividade formativa da SPMI, revelando o plano anual de formação de 2023.

O último palestrante, Filipe Alfaiate, representante do Núcleo de Internos de Medicina Interna da SPMI (NIMI), apresentou o núcleo de internos que coordena e desenvolve as atividades durante os próximos dois anos. “Os quatro grandes eixos do nosso núcleo são a investigação, comunicação, formação e representação”, informou.

Para finalizar a sessão, foi ainda estimulado um espaço de discussão entre participantes e formadores, que potenciou a troca de informações de relevância para a construção do percurso dos novos internos e ponto de partida para o estabelecimento de uma rede de contactos entre profissionais mais fortificada.

(22/01/2023)