A SPMI assinala os 66 anos da sua fundação

No dia 14 de Dezembro comemoramos os 66 anos da SPMI, data em que foram aprovados os nossos estatutos, por despacho ministerial de 14 de Dezembro de 1951. Desde a eleição da primeira direção, presidida por Mário Moreira e da qual faziam parte, entre outros médicos, Xavier Morato e Ar­sénio Cordeiro, até à atualidade, percorremos um longo caminho, que incluiu um período de uma certa letargia até ao ano de 1983, altura em que Armando Porto, Armando Ducla Sores, Cerqueira Magro e António Barros Veloso reiniciaram a nova fase da SPMI. Desde então as sucessivas direcções têm conseguido passar o testemunho deixando sempre a sociedade em melhores condições.


Creio que no último ano progredimos no sentido de tornar a Medicina Interna e a SPMI ainda mais fortes: renovamos a nossa imagem e a dos núcleos, aumentamos a operacionalidade interna e o controle das contas, criamos uma plataforma de e-learning e uma plataforma de estágios, intensificamos a atividade formativa, realizamos um congresso nacional notável e várias reuniões de núcleos com uma adesão crescente, os núcleos de estudos revelam dinamismo, a nossa revista está cada vez melhor, melhoramos a nossa comunicação com os nossos sócios e a nossa visibilidade externa, defendemos em vários palcos a importância da Medicina Interna para os desafios do futuro, encontramos em revistas internacionais muita investigação realizada por internistas, assinalamos o nosso compromisso com a prevenção através da realização da Festa da Saúde, encontramo-nos com o nosso bastonário, com a ACSS e a APMGF e cimentamos a nossas relações internacionais com a SEMI, com a EFIM e com os internistas dos países lusófonos, da América Latina e dos EUA.

Em Portugal nós temos uma situação privilegiada no contexto europeu, porque soubemos preservar o carácter generalista da Medicina Interna, conseguindo conciliar isto com uma afirmação diferenciadora em áreas diversas. O próximo ano da nossa existência como sociedade vai trazer-nos ameaças, como sempre, mas oferece-nos muitas oportunidades. Para as aproveitar temos que ser mais, estarmos bem preparados, convergirmos nas nossas ações, sermos melhor recompensados e vermos valorizado o nosso papel. Estamos seguros que, juntos, vamos continuar a defender a Medicina Interna como especialidade nuclear para responder com qualidade aos desafios do futuro dos cuidados de saúde. Para bem dos doentes!

Luís Campos

Presidente da SPMI